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ELE VOLTOU! No seu retorno após as Olimpíadas, Paulo Coco fala sobre Seleção Brasileira e Camponesa Minas.

Após reassumir o comando técnico do Camponesa Minas o técnico falou sobre elenco mineiro e seleção brasileira.
Fonte: Minas Tênis Clube / Divulgação.
   O técnico Paulo Coco reassumiu, nesta semana, o comando técnico do Camponesa/Minas para a temporada 2016/17. Antes, porém, o treinador minastenista esteve com a seleção brasileira, como auxiliar técnico de José Roberto Guimarães, nas disputas do Grand Prix e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Na primeira competição, o Brasil foi ouro, já na segunda, após uma campanha impecável na primeira fase, as bicampeãs olímpicas foram eliminadas de forma surpreende e deixaram a Rio 2016 sem medalha.

   Para o treinador minastenista, a derrota para a China foi inesperada, mas o adversário, que mais tarde conquistou o título olímpico, fez por merecer a vitória, sobre isso ele lamentou: "Infelizmente, o esporte é assim. Um sempre perde, e o outro ganha. Nem sempre quem foi melhor na primeira fase será o melhor até o fim". Paulo ainda completou:  "Não vejo pelo lado de ter faltado alguma coisa. Tudo que poderíamos ter feito, foi feito da melhor maneira possível. Obviamente, quando se perde, sempre achamos que faltou algo. Ficou a estranheza pelo fato de termos perdido daquela forma, nas quartas de final. Ninguém esperava. A China sempre foi uma das favoritas nas Olimpíadas, assim como Brasil, Estados Unidos, Sérvia e Rússia. Infelizmente, houve esse cruzamento antecipado dos dois últimos campeões olímpicos (China, em 2004, e Brasil, em 2008 e 2012). Além disso, a China foi vice-campeã mundial. É claro que não foi uma derrota esperada, mas foi para um adversário forte e merecedor naquele momento".

   Sobre a disposição das selecionáveis brasileira, o braço direito do técnico José Roberto analisou: "Sabíamos que contra a China tudo poderia acontecer. No primeiro set, fomos muito bem, foi o Brasil que todos viram durante a competição. A partir do segundo set, elas cresceram no jogo e não conseguimos sair daquela situação de mudança tática. Elas foram mais regulares no passe, na defesa e tiveram um volume de jogo maior.  Foi um duelo muito equilibrado. Infelizmente, cometemos alguns erros decisivos, e se paga um preço muito alto em um jogo como aquele. A disputa das quartas de final foi decidida nos últimos detalhes e, infelizmente, os detalhes definiram a favor delas, que foram merecedoras da vitória por terem tido mais regularidade durante a partida".

   Passadas as Olimpíadas, o treinador minastenista voltou a Belo Horizonte, nesta semana, e reassumiu o comando técnico do Camponesa/Minas. Paulo Coco não economizou elogios ao falar da levantadora Naiane e da líbero Léia, ambas da equipe minastenista. Naiane esteve no elenco campeão do Grand Prix e treinou com a seleção olímpica até as vésperas da estreia brasileira na Rio 2016. A líbero Léia disputou o Grand Prix e os Jogos do Rio. Além disso, a minastenista esteve entre as melhores jogadoras da competição.

   Para Paulo, a jovem Naiane tem um futuro brilhante na carreira e tem sido observada pela comissão técnica da seleção há algum tempo: "Naiane teve uma oportunidade espetacular. Ela tem desenvolvido um trabalho muito bom no Clube, está em crescimento na carreira e já é observada há algum tempo. Ela foi chamada para treinar com as adultas e correspondeu muito bem. Foi uma experiência boa para ela conviver com campeãs olímpicas. Ela tem boas passagens na base da seleção, e a tendência é se acostumar com esse clima adulto. É importante ela manter esse crescimento para se firmar no grupo e também no cenário internacional".

   Em relação à posição de líbero, Paulo Coco disse que a decisão entre Leia e Camila Brait foi a mais difícil de ser tomada pela comissão técnica na Rio 2016: "São duas excelentes jogadoras, com um equilíbrio técnico muito grande. Foi a decisão mais difícil de ser tomada, devido à qualidade técnica das jogadoras. Já na competição, Léia demonstrou uma confiança muito grande. Ela fez uma excelente Olimpíada e comprovou o que esperávamos dela. Em uma derrota como essa, ela, que foi estreante em Olímpiadas, não foi questionada por ninguém sobre falta de rendimento. Pelo contrário, demostrou muita maturidade e desenvolveu seu papel de forma brilhante, com muita segurança e determinação. Ela será uma peça fundamental aqui no Camponesa/Minas e será um dos pilares da nossa equipe".

   Em relação à temporada 2016/17, Paulo Coco disse que o Camponesa/Minas entrará forte nas disputas. O treinador comemorou a oportunidade de ter mais tempo para trabalhar com o grupo dizendo: "Desta vez, planejamos juntos. As atletas estão em boas condições físicas e, este ano, iniciamos os treinamentos com bola um pouco mais cedo. Em relação ao time da temporada passada, mantivemos uma base importante, com Rosamaria, Naiane, Léia, Mara e Carol Gattaz. Temos um grupo de juvenis que estão em crescimento, com passagens pela seleção de base e que muito nos ajudarão. Além disso, recompomos algumas saídas, com Pri Daroit, Domingas, Renata e Fran. Todas essas atletas têm experiências e potencial para defender nossa equipe. Temos um grupo bastante homogêneo e de muita qualidade técnica".

   O treinador não aponta favoritos para a Superliga, mas faz um comparativo de algumas equipes que, segundo ele, levam pequena vantagem. Sobre isso Paulo Coco finalizou: "Rio de Janeiro e Praia Clube partem na frente, pela base e estrutura. Eles mantiveram as equipes campeã e vice e reforçaram em alguns pontos. Osasco se reestruturou, mas é sempre uma equipe muito forte e tem um poder muito grande. Nós, assim como alguns outros times que montaram bons plantéis, como Pinheiros, Sesi-SP, Fluminense e Brasília, vamos brigar pelas beiradas e buscar a parte de cima da tabela. A Superliga tem se fortalecido a cada ano, e as dificuldades, ao longo da competição, surgem. Foi importante manter essa base, e vamos pensar em evoluir sempre, tendo mais ambição e projetar, quem sabe, disputar uma semifinal. Fazer uma final seria um sonho, mas é possível com muito trabalho e dedicação. Temos que acreditar em nosso trabalho".

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